QUINTANA SP: COPA DO MUNDO: KAKÁ QUER DIVIDIR RESPONSABILIDADE
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terça-feira, 15 de junho de 2010

COPA DO MUNDO: KAKÁ QUER DIVIDIR RESPONSABILIDADE

Numa seleção brasileira impregnada pela lembrança do Mundial de 1994, Kaká aceita o papel de craque do time que coube a Romário na ocasião. Mas não segue o embalo do atacante, que se colocava como figura central do time seja lá qual fosse o resultado. Em sua terceira Copa, a primeira como principal jogador do Brasil, Kaká quer dividir a pressão com o time-operário de Dunga.


"Sei da minha responsabilidade na seleção como um dos líderes, mas os 23 ganham ou perdem juntos. Cada um tem sua responsabilidade aqui dentro", afirmou o meia-atacante, que não sabe se irá suportar o jogo inteiro contra a Coreia do Norte, nesta terça-feira, que marca a estreia do Brasil na Copa do Mundo da África do Sul.

Kaká aponta que a linhagem de craques marcantes em conquistas brasileiras sempre esteve amparada por equipes muito fortes. E diz que, com ele, não será diferente. "Ronaldo e Romário fizeram história individualmente porque participaram de um grupo campeão. Alguns jogadores sempre irão se sobressair, mas só depois de uma grande conquista", afirmou.



Kaká vive sob a expectativa de finalmente ser protagonista em uma Copa do Mundo

 
O atual camisa 10 disputou duas Copas com Ronaldo. Na primeira delas, em 2002, pouco participou da recuperação incrível do "Fenômeno" em pleno Mundial. Quatro anos depois, mostrou personalidade ao ser um dos poucos a apontar problemas na forma física do então indiscutível "presidente", como Ronaldo era chamado por alguns jogadores. "Talvez o Ronaldo precise se movimentar um pouco mais", afirmou Kaká após a estreia no Mundial da Alemanha, contra a Croácia.


Hoje é ele quem encara sozinho entrevistas coletivas com centenas de jornalistas ou precisa driblar o assédio quase incontrolável dos torcedores, papéis que antes cabiam justamente ao "Fenômeno". "Na realidade tudo isso é muito gratificante. Receber esse carinho, aplausos, faz bem para qualquer um", afirmou.

Bom moço fora de campo, Kaká tem trajetória similar nos bastidores do futebol. Não há em seu currículo histórico de problemas com técnicos ou companheiros de time. Seu staff associa sua imagem apenas a marcas líderes dos seus respectivos segmentos.

Kaká era um dos raros jogadores que Carlos Alberto Parreira, antecessor de Dunga na seleção, dizia ter orgulho em comandar. "Ele chegou ao Milan com personalidade e pôs o (meia português) Rui Costa no banco. Não é qualquer um que faz isso", disse o técnico sobre o ex-pupilo, numa referência ao início da trajetória do jogador na Europa.

Após a consagração no Milan veio o difícil ano no Real Madrid. A Copa do Mundo é a chance de Kaká reabilitar uma temporada cheia de lesões e críticas pelo seu rendimento aquém do esperado na Espanha. "Sempre tive momentos de dificuldade na carreira. Foi assim no São Paulo, quando perdemos em Istambul (derrota do Milan para o Liverpool na final da Liga dos Campeões 2004-05) e este ano no Real. Estou preparado para superar isso", afirmou.

Parceiro IG: fonte e créditos - COPA 2010 IG - Daniel Tozzi, Levi Guimarães e Paulo Passos, enviados iG
Foto: Getty Images

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